Nesta edição da Revista, foram contemplados estudos na área da igreja, dos escritos confessionais, da pregação, do ensino, da capelania escolar e do ministério pastoral em sua relação com a teologia da vocação.
Gerson Welmer Tetzner e Paulo Moisés Nerbas discorreram sobre os “desigrejados”. O resultado da pesquisa conclui que aqueles não constituem um grupo homogêneo, e que, além da inclinação pecaminosa natural, há outros motivos para o desligamento institucional, a saber, os abusos cometidos pelas lideranças, o legalismo e o distanciamento entre o discurso e a prática. Influências externas como o individualismo crescente e a sociedade de consumo também contribuem para o crescimento do fenômeno.
Cesar Motta Rios abordou a Fórmula de Concórdia e o terceiro uso da Lei de Deus, que se desenvolve somente com relação à pessoa justificada com vistas à vida cristã. Sua conclusão é a de que este princípio é parte necessária do ensino da igreja, considerando-se a pessoa cristã real, com toda sua complexidade e necessidade.
Silvio Adolfo Donat e Clóvis Jair Prunzel, por sua vez, realizaram pesquisa sobre os Artigos de Esmalcalde, e seu resultado evidencia que esses documentos abarcam intensa teologia pastoral e, portanto, são de grande ajuda na orientação das congregações em seu trabalho e serviço.
Nilson José Quandt e Vilson Scholz investigaram a aplicabilidade de elementos teológicos e homiléticos dos luteranos Gene Edward Veith Jr. e Robert Kolb, e do pastor reformado Timothy Keller, na pregação do evangelho. Aponta-se que, no contexto atual da pregação – este identificado como “Modernidade Líquida” – a fluidez e leveza alcançam os mais diversos aspectos da vida humana, logo, a insegurança, o medo e as incertezas são efeitos desta liquidez. Por outro lado, a Palavra de Deus não é líquida; ela é sólida e permanece para sempre; foi revelada em linguagem acessível ao ser humano, sendo ela, em última análise, o próprio Jesus.
Rafael Estevão Pereira Milagres e Anselmo Ernesto Graff apresentaram pesquisa sobre questões metodológicas no ensino confirmatório em Lutero e na contemporaneidade.
Jonathan Hoffmann Klippel e Paulo Wille Buss examinaram o papel do capelão escolar. Constataram que, através das definições da filosofia cristã-luterana de educação, da capelania escolar e do ofício do ministério, o capelão é um pastor que representa Jesus Cristo tanto na escola quanto na comunidade escolar.
Roberto Geloch e Leonídio Görl discutiram a questão da “multivocacionalidade” do pastor. Como resultado, observou-se a importância de se distinguir, mesmo que de forma simples, os seus diversos e variáveis chamamentos, para que, instado à ação, ele aja em conformidade com o desígnio específico para o momento, sem invadir ou sobrepor o serviço de outros profissionais.
ISBN: 9000000133044